Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Gato Branco às Riscas

Um blog normal sem nada de especial de uma sonhadora inconformada.

Ter | 12.12.17

Depois da tempestade

Paula Ribeiro Santos

Só hoje saí de casa e só hoje percebi a gravidade da tempestade de Domingo à noite.

De facto, foi uma noite horrível, não dormi a noite toda e pela primeira vez na vida tive medo do vento e da chuva.

Morar em frente à praia também tem destas coisas. Quando há uma tempestade é à séria!

O barulho das ondas era ensurdecedor, o sino da igreja não parou de tocar toda a santa noite, os pinheiros do parque aqui mesmo atrás rangiam... basicamente terrível.

Apesar de tudo trancado, inclusive persianas fechadas até ao limite os vidros abanavam e as persianas tremiam imenso. Já de manhã a primeira coisa que fiz foi espreitar e por um triz que a água que inundou a nossa varanda entrou na sala. O cano que faz o escoamento entupiu com as folhas que voaram no ar e quase que havia uma pequena desgraça dentro de casa também.

Hoje, quando fui dar o meu passeio habitual, reinava um silencio absoluto nas ruas, o único som era o das ondas ainda irrequietas e avassaladoras. O bar onde todos os dias tomo um cafezinho, semi-encerrado, a tempestade não foi meiguinha, partiu dois grandes vidros e por pouco não entrou no estabelecimento que mesmo no seu interior continua cheio de areia no chão.

Hoje, senti-me triste.

Estar fechada em casa, não me permitiu ver a realidade. Dunas praticamente desfeitas, vegetação destruída, os passadiços e pista pedonal/bicicletas completamente coberta de areia e aquele silencio...

 

IMG_20171212_101350.jpg

IMG_20171212_101008.jpg