Quase a terminar...
A experiência em Lisboa condicionada pelo facto de trabalhar em casa foi um tanto ou quanto estranha.
Dois meses e meio assim a modos que alienada de tudo e apenas renascida ao fim-de-semana não foi fácil.
Apesar de todos os dias sair de casa ao final da tarde para ir ao supermercado ou jantar fora, não foi o suficiente para criar um vinculo e poder dizer que me sinto em casa.
Mesmo assim, guardarei para sempre no coração e na memoria esta experiência fantástica que me colocou à prova de várias formas.
Guardadas ficam as memórias de Alfama, do jantar no boteco e da noite de fados, do Panteão Nacional e da sensação imensa quando olhei a cidade lá de cima. Da Madragoa à noite, da vista do nosso terraço sobre a Ponte 25 de Abril ou o majestoso Cristo Rei.
A visita aos Jardins do Palácio de Belém, as cafezadas nos Pasteis, a sangria branca a na Praia da Parede.
Ficam também, a viagem no 28, o nosso ar de pânico quando descobrimos que íamos no sentido errado e a simpatia do condutor ao deixar-nos regressar sem pagar mais por isso.
Saudades vão ficar do elevador de Santa Justa e do gin no terraço da Igreja da N. Sra. do Carmo.
Vão ficar também marcadas as viagens ao Porto e a ansiedade de regressar a casa.
Mas tudo passa e esta experiencia esta a terminar...