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Gato Branco às Riscas

Um blog normal sem nada de especial de uma sonhadora inconformada.

Ter | 30.01.18

Sobre as pessoas mal-amadas

Paula Ribeiro Santos

A vida não é fácil, todos temos altos e baixos, todos nós em algum momento da vida somos confrontados com montanhas que nos vemos forçados a ultrapassar.

Se a nossa passagem pela vida é tão curta, porquê perder tempo com amarguras, cara fechada e deixar que as adversidades nos afetem. A amargura é um problema grave que começa numa pequena espiral desgovernada e que acaba por influenciar até quem está a nossa volta e nos quer bem.

Ninguém gosta de ser saco de boxe, todos temos fragilidades, todos gostamos de ser tratados com carinho mas sobretudo com respeito, todos temos problemas e ninguém gosta de estar por muito tempo ao lado de alguém que nos absorve as energias.

Os amigos servem para nos apoiar e amparar, não para nos carregar às costas, muito menos durante anos e anos a fio.

Todos os problemas têm que ser enfrentados e ultrapassados, viver na amargura nunca trouxe felicidade a ninguém muito menos força para reagir e dar a volta por cima.

O Mundo não gira em torno de nós, o Mundo não conspira contra nós, o Mundo está a cagar-se para nós.

Sim, somos importantes, cada um ocupa um lugar de destaque nesta equação enigmática que nos une, porém, não somos o centro do mundo como tal, não podemos exigir dos outros aquilo que não oferecemos. Não podes exigir que o universo conspire a teu favor se acordas todos os dias de trombas para o sol maravilhoso que brilha lá fora. E sim… não são só dias solarengos, também existem aqueles bem cinzentos em só dá vontade de colocar a cabeça no travesseiro e dormir, mas SURPRESA!!!  A vida “is a fucking bastard” e todos temos dias solarengos e todos temos dias cinzentos!

Eu detesto pessoas assim, que dão de caras com problemas e mergulham nele como se mais nada existisse, olhando para o seu umbigo e procurando a atenção de todos os que a rodeiam sem perspetivar que podem estar a ser egoístas, inconvenientes, desagradáveis ou até grosseiros.

A minha liberdade termina quando a do outro começa. É uma questão de consciência e de perceber que por muito complicada que esteja a nossa vida, a nossa bolha pessoal não pode interferir na dos outros.

Ninguém gosta de estar com pessoas tristes, mal amadas, amarguradas e que a qualquer momento respondem agressivamente.

Ninguém gosta de estar com pessoas que confundem frontalidade com falta de educação ou que fazem dos outros uma parede para onde atiram constantemente pedras.

Esta postura também se pode encontrar em pessoas com excesso de tempo livre, a pessoas que olham mais para a vida dos outros do que para a própria, pessoas que não sabem lidar com os seus problemas e frustrações e que saem por ai a invejar e a maltratar quem conhecem ou não.

Muitas dessas pessoas, são tão obcecadas com o “seu problema” que acabam por olhar para a vida das outras pessoas sem capacidade de perceber que todos somos Humanos e como tal, TODOS temos problemas.

Não existem vidas perfeitas.

Por vezes as redes sociais e plataformas digitais mostram vidas incríveis, porém em muitos casos a realidade não é essa. Raramente vemos um Instagram com fotografias que ilustram os problemas dos seus utilizadores, raramente lemos post’s no Facebook que revelam problemas pessoais e apenas em alguns casos, Blogs pessoais demonstram as fragilidades de quem o administra.

A tendência é mostrar o lado bom da vida, ou então, forjar situações para que os demais pensem “uau que vida incrível” mas o pleno de felicidade não existe! Os problemas são reais e ninguém escapa a eles. Nesse sentido, para quê viver martirizando-nos interiormente e refletindo nos outros as nossas frustrações?

Seria tudo muito bonito se são existissem problemas… de facto, seria perfeito porém nada na vida é garantido e aquilo que hoje “é” amanhã “não é” por isso vamos la viver um dia de cada vez e aproveitar cada momento de felicidade como se fosse o ultimo. Bora lá retirar da vida apenas mensagens positivas, bora lá olhar para o Mundo com esperança de um amanhã melhor, bora lá deixar as maldades, hipocrisias e amargura para trás, porque a vida passa muito rápido e perder tempo com merdas é garantir que um dia vais olhar para trás e perceber o quão pouco grato foste.

 

 

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